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domingo, 28 de dezembro de 2014

Fanfic: Magic Dreams - Capítulo 16

   Vitória, mesmo ainda derrotada, decidiu que a vida deveria continuar. Jurara vingança contra a pessoa que acabou com sua família porém, decidiu se formar no Maria Escalarde antes. Ela e Austin continuavam a estudar como se nada tivesse acontecido e isso só lhes prejudicava mais internamente.
   Este era o bendito dia do passeio para a Reserva Floresta Principal. Vitória não tinha nem mesmo levantado da cama e já sabia que seria um de os piores dias letivos. O quarto estava calmo: Chloe, Carla e Austin dormiam calmamente. Clarissa e Theodore não estavam presentes e ela não sabia o por quê.
   Assim que Austin levantou, o mesmo deitou-se juntamente à Vitória na cama e foi conversando com ela, com cuidado para ninguém acordar.
   -- Está bem? - perguntou ele.
   -- Melhor que nos dias anteriores. - respondeu. - Você sabe onde estão Theodore e Clary?
   -- Theodore me ligou. Disse que a Clary foi transformada e que voltaria para a escola hoje. As filhas deles morreram...

   -- Que triste. Tenho até medo de acontecer alguma coisa à Zachary, Carla, Chloe e o resto. Afinal, todos estamos perdendo pessoas queridas.
   -- Verdade. - ele respirou fundo. -Sugeri a Theodore procurar aqueles que transferiram a Carla para diurna. Ele disse que achou e que ia levar a Clarissa lá.
   -- Pelo menos isso...
   -- Bom, nos formamos daqui a 1 mês, né? Isso é bom. - Vicky assentiu. - Vamos nos levantar?
...
   -- Senhor Schildery, conseguimos com sucesso.
   -- Tem certeza? - quis saber Theodore.
   -- Absoluta. Testamos, inclusive.
   -- Obrigada, Doutor. Vou pedir um funcionário para depositar a quantia em sua conta bancária.
   Assim, Clary poderia andar no sol. Isso já era um alívio enorme para Theodore. Saíram da clínica com Clarissa ainda com o rosto um pouco triste.
   -- Está bem, linda?
   Ela sorriu.
   -- Gosto tanto quando você me chama de linda. Me lembra a primeira vez que te vi. - respondeu Clary. - Eu estou bem sim. Quero sair do Maria Escalarde logo.
   -- Nós vamos sair de lá. Iremos para a Academia de Vampiros. - ela sorriu.
   -- Nunca pensei que eu diria isso mas... Eu quero minhas filhas. Sério, eu não planejava ter filhas cedo assim mas eu quero elas agora. Duas meninas lindas... - ela olhava fixamente para o nada.
   -- Vou me vingar de Safira e você vai ter suas filhas. Duas meninas lindas! - ele sorriu e abraçou Clarissa.
   Ambos foram então para o Colégio Maria Escalarde. Chegando lá, haviam vários olhares vidrados neles e, dentre estes, um chamou a atenção de Clarissa: Soraia. Ela foi abraçar a irmã.
   -- Oi Soraia! - disse e, a irmã, sem jeito, retribuía o abraço inesperado.
   -- Oi Clarissa. Tudo bem?
   -- Tud... - Clarissa não conseguiu terminar a palavra.
   Sentia um cheiro muito forte vindo da irmã. Ouvia o sangue passando por cada veia daquele corpo... O coração batendo... E, de súbito, seus dentes pontudos começaram a fincar em sua boca. O cheiro... aquele cheiro delicioso... era sangue! E tudo dentro de Clarissa a mandava avançar e atacar, morder, estraçalhar. Até que um par de mãos fortes e frias a tirou de perto de Soraia. As mãos eram de Theodore.
   -- Acho que ela teve muita emoção em lhe ver, Soraia. - Theodore tentava não soar ridículo. E Soraia estava com os olhos arregalados encarando sua irmã.
  Theodore arrastou Clarissa dali e levou-a imediatamente até o quarto.
   -- Theo, o que aconteceu comigo? Por que eu estava fazendo aquilo? Não posso atacar minha irmã!
   -- Acho que é fome. - ele pegou uma garrafa com líquido vermelho em sua mochila. - Beba.
   Enquanto se deliciava, Clarissa se perguntava como seria daqui a algum tempo, quando tivesse que agir como uma humana e cumprimentar várias pessoas mundo a fora. Iria querer mordê-las também? Como Theodore lidava com tanta facilidade seu vampirismo? Será que ele só lidava bem com tudo aquilo por que havia nascido assim?
   Mas, logo, os pensamentos esvaziaram de sua mente. Seu celular apitou com uma mensagem de Vitória, contando tudo o que havia acontecendo. A garota pedia ajuda para realizar sua vingança. É claro que ajudaria.
   -- Theodore. Leia isso. - passou o celular para ele.
   -- Vamos? - perguntou ele e Clary levantou-se no mesmo momento.
   Os dois seguiram para o jardim, como combinado com Vitória, mesmo com o corredor apinhado de alunos. Theodore sussurrava no ouvido de Clarissa para que, toda vez que sentisse vontade de mordê-los, pensasse em outras coisas. Com isso, a menina decidiu pensar em doces, pedaços gigantescos de chocolate, até sentir o gosto e o cheiro deles. Ficou muito mais fácil atravessar os corredores.
    Vitória e Austin se transformaram novamente em humanos assim que viram Clary e Theo vindo na sua direção.
   -- Então, Vicky, já sabe quem fez aquilo? Ou pelo menos tem uma ideia? - perguntou Theodore.
   -- Com toda certeza é uma garota, isso posso afirmar. - disse ela.
   -- A julgar pela quantidade de sangue espalhado pela casa, não pode ser uma vampira. - refletiu Austin. - Se for, ela tem um autocontrole ótimo!
   -- E se for Safira, Theo? - perguntou Clarissa. - O autocontrole dela parece ser excelente.
   -- E o que Safira tem contra Vitória? Não é lógico, Clary. Sei que ele tem problemas com a gente mas, com ela? Acho que não. - respondeu Theodore.
   -- Quem seria forte o suficiente para matar uma família de lobisomens? - perguntou Austin.
   -- Um vampiro com um século de idade consegue fazer isso com uma mão, apenas. - disse Theodore. - Bruxas não iriam esquartejá-los. Outros lobisomens não faria isso, né?! Vampiros até pode ser mas seria travar um guerra que aniquilaria uma das raças. Fadas são perversas mas não chegariam a tanto. - Theodore continuava refletindo.
   -- Acho que nossa melhor aposta é nos vampiros. - disse Vitória. - Uma garota.
   -- Vamos investigar Safira, por via das dúvidas? - perguntou Clary. - Será que Thiago faria isso por nós?
   -- Clary, não seja boba. Óbvio que Thiago iria defender a irmã, por mais nojenta que ela seja.
   -- Então voltamos à estaca zero! - disse Austin.
   -- E se eu espionar a garota para vocês?
   Carla surgiu, do nada, sugerindo uma coisa que supostamente a mataria. Para Clarissa, não havia jeito de se espionar Safira. A garota era esperta de mais para se deixar levar por alguém que nem conhecia.
   -- Posso tentar fazer amizade com ela. Safira ainda não me conhece, nunca me viu, mas com toda certeza vai conversar com uma vampira. Ainda mais se eu lhe disser que posso ajudar ela a virar diurna. - sugeriu Carla.
   -- Boa ideia. Eu mesmo espionaria ela mas depois do ocorrido com a Clary, é bem capaz de eu matá-la antes de conseguir uma resposta. -disse Theodore.
   -- Desculpe Theodore, mas como se mata uma vampira? Estaca? - perguntou Vitória.
   -- Arrancando seu coração. Estacas podem até funcionar mas é muito trabalhoso. Prefiro enfiar a mão e arrancar o coração eu mesmo.
   -- Já fez isso antes? - perguntou Carla.
   -- Já, defendendo Safira de um cara que ela transformou. Devia tê-lo deixado matá-la.
   -- Vamos começar com tudo isso hoje a noite, ok? Não tem hora melhor para espionar um vampiro do que de noite. - disse Clarissa e todos concordaram.
   -- Seja lá quem for, vai morrer ainda este mês.
...
-- Theodore, não adianta insistir. Você tem que partir ainda hoje! 
-- Mason, por favor, me dê algumas semanas apenas. 
-- Não! Está decidido. Você vai para a Academia de Vampiros hoje pela noite. E Clarissa deve vir junto. - desligou. 

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