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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fanfic: Magic Dreams - Capítulo 5

   Após o susto que Vitória tomou, não saiu de seu quarto para absolutamente nada. Faltou a todas as aulas do turno da manhã e, durante o turno da tarde, Theodore e Clarissa a fizeram companhia. ­Austin mandava mensagens em seu celular de 5 em 5 minutos perguntando como ela estava.
   -- Eu e Clary vamos ir até o jardim. Quer ir com a gente? - perguntou Theodore.
   -- Não, obrigada.
   -- Vicky, você tem que sair deste quarto. Vai acabar entrando em depressão. Hoje é lua cheia. Com certeza a noite vai estar linda. Que tal irmos fazer um pique nique a noite? - sugeriu Clarissa.
   -- Não! - disparou Vitória. - Quer dizer, eu realmente não gostaria de sair hoje a noite. - tentou corrigir - Tenho certeza de que não gostariam de me ver hoje a noite - sussurrou.
   Com isso, Clarissa e Theodore se despediram e foram ao jardim. Vitória sempre fora alertada por seu  pai que ela e sua irmã eram terminalmente proibidas de saírem na lua cheia. Vitória sabia porque.
...
   -- Theodore, porque você nunca se alimenta? Só te vejo tomando água e olhe lá.
   -- Eu me alimento sim, Clary. Só que em horários e com coisas diferentes. Você gosta de chocolate?
   -- Claro! Quem não gosta?! - disse Clarissa rindo.
   Com isso, sentaram-se embaixo de uma árvore. Por mais que tenha sido uma pergunta boba, Theodore ficou repensando sobre ela. Será que ele estava deixando de ser discreto? Ninguém nunca havia reparado neste fator. Estava com medo que Clarissa descobrisse alguma coisa e passasse a odiá-lo ou simplesmente se afastasse. Vou apenas esperar que ela descubra sozinha, pensou.
   O tempo estava passando rápido naquele jardim. Logo já era de noite. Theodore estava com fome e decidiu subir para o quarto, aproveitando que neste horário não havia ninguém. Chegando, abriu a porta e checou mais uma vez se havia alguém: não tinha. Com isso, puxou de debaixo de sua cama uma de suas malas. Uma mala especial. Abriu-a com cuidado e pegou uma das várias garrafas. Já ia abri-la quando Clarissa entrou pela porta.
   -- Oi Theodore. O que faz aqui no escuro? - perguntou.
   -- Ah, é... nada de mais. - Clarissa acendeu a luz.
   -- O que é que tem nessa garrafa? - perguntou Clarissa, olhando para o líquido vermelho e possivelmente confusa. Tomou a garrafa da mão de Theodore e ficou analisando-a. - Que isso?
   -- Ah... éh... suco. - com isso, Clarissa tomou um gole.
   -- Sangue. Por que você teria uma garrafa de sangue? - disse. - Só tomei para ver se era suco mesmo. - respondeu a pergunta que Theodore iria fazer.
   -- Ah. Desculpa por não ter lhe contado antes. Fiquei com medo de que se afastasse de mim. Gosto muito de você. - começou. - Pode ser que você não acredite mas, - deu pausa. - sou um vampiro. Olhe. - mostrou suas presas.
    ...
   -- O que vocês querem comigo?
   -- Só fazer um teste. Fica calma, menina Carla. - respondeu um homem extremamente branco, com cabelos loiros e ralos; e com grandes olhos pretos. Aparentava ter no máximo 20 anos de idade.
   -- Por favor, não me machuque. - implorou Carla. O homem simplesmente ignorou suas súplicas e amarrou-a numa maca.
   O quarto para onde levaram-na era cheio de aparelhos e outros homens (também extremamente brancos). Alguns usavam aventais brancos e outros usavam camisetas e calças pretas. Rapidamente, foram ligados cerca de 10 aparelhos em Carla. Um dele puxava seu sangue de forma bruta. Outro, colocava um sangue pouco mais escuro nela. Noutro, entrava-se um líquido cobre, brilhante como fogo, em suas veias. Não sabendo se foi por medo ou troca de sangue, Carla desmaiou.
   Quando acordou, já não estava com nenhum dos aparelhos e encontrava-se numa sala inteiramente branca. Se sentia diferente, mas não sabia como. Sentia fome, mas não uma fome comum. Uma sede enorme.
   Como se por ironia do destino, o mesmo homem branquelo com que conversara a primeira vez, entrou no quarto com uma prancheta. Tinha um sorriso discreto em seu rosto.
   -- Como se sente, menina Carla? - perguntou, talvez sendo educado.
   -- Com sede.
   -- Isso vai fazer  parte da sua vida agora. Parabéns. Olhe-se no espelho e aprecie suas presas, menina Carla. - deu uma pequena pausa. - Ops... vampira Carla, quis dizer.
   Carla arregalou os olhos  e pensou que era uma brincadeira de  muito mal gosto. Mas concluir, decidiu ir olhar-se no espelho. Era verdade. Agora, no lugar de seus caninos, havia longas presas brancas; seus olhos castanhos estavam mais escuros; seus cabelos estavam com uma raiz incrivelmente preta; sua pele era mais clara, quase branca feito papel; e ela podia contar cada uma de suas veias, agora visíveis.
   -- Meu nome é Raphael. Sou seu "tutor" vampiro. Tome - lhe entregou uma garrafa cheia de sangue. - Você precisa disso.
   -- Obrigada. - sentindo o cheiro forte do sangue, o estômago de Carla roncou e ela voou para beber o  líquido.
...
   -- Se vocês não deixarem, eu vou sozinho. Minha namorada está desaparecida faz mais de 24 horas e eu tenho que ficar trancado nessa porra de colégio! - esbravejou Zach.
   -- Aluno, sinto em informar que não posso lhe liberar. Estamos procurando por Carla. Volte aos seus estudos. Prometo que será o primeiro a saber notícias dela. - Morgana tentou tranquilizá-lo.
   -- Eu não vou estudar. Quero minha menina aqui. - disse Zach. -  AGORA! - gritou.
   -- Calma Zach. Não vai adiantar de nada esse escândalo. - disse Austin. - Vamos logo. Eles vão achar a Carla. Relaxa.
   Após 30 minutos, convenceram Zach a relaxar. A lua já estava quase no topo do céu. Austin precisava achar Vitória. Apenas não sabia  onde começar a procurar. Então, rapidamente, ligou para ela.
-- Austin? - atendeu.
-- Sim, Vicky. Onde você está? 
-- Nos fundos do jardim. 
-- Estou indo para aí. 
-- Anda logo, pelo amor de Deus. Não consigo segurar por muito tempo. - desligou. 
   Austin saiu correndo até os fundos do jardim. Chegando lá, encontrou um cachorrinho marrom, olhos verdes e com uma pulseira de ouro em sua pata direita.
   -- Vitória! Desculpe ter demorado tanto. Consegue voltar ao normal? - disse ele ao cachorrinho. Ou melhor, à loba. Vitória voltou a sua forma normal.
   -- Você demorou muito. - abraçou ele. - Obrigada, te amo. - disse. - Eu estava com medo. Não sabia que minha segunda transformação aconteceria aqui no colégio. Ainda não consigo controlar.
   -- Vou te ensinar a controlar ao longo do tempo. Tenha calma. Também te amo. - disse Austin e beijou a bochecha de Vicky.
...
   -- Não acredito que você é um vampiro. - disse Clarissa. - Não me morda! - brincou.
   -- Nunca iria te morder. Tá louca? Ia matar a pessoa que sou apai... amigo?! - riu. Logo, Clarissa reparou seu nervosismo. Ele não ia falar amigo. Ela tinha certeza disso.
   -- Eu gosto muito de você, sabe. - pensou alto e, vendo o que acabara de dizer, tapou a boca com ambas as mãos. Theodore riu.
   -- Eu também gosto muito de você. - concluiu.
   Os dois estavam no quarto. Clarissa estava em sua cama e Theodore na dele. Um de frente pro outro. Naquele momento, estavam apenas admirando. Clary já estava com agonia de tanto querer encostar nele e não ir por vergonha. Como se estivesse lendo seus pensamentos, Theodore foi tão rapidamente para o seu lado que ela nem viu. A abraçou de lado e ela retribuiu.
   -- Ler mentes faz parte de ser vampiro? - disse ela brincando.
   -- Na verdade, não. Mas a sua mente é a única em que eu me concentro em ler. - disse ele e logo em seguida a soltou. Ficou a encarando. - Você é tão linda.
   -- Antes de lhe conhecer, nunca um garoto me chamou de 'linda'.
   -- Isso é bom.
   -- Por que?
   -- Quer dizer que nenhum deles era apaixonado por você. - concluiu. - O que quer dizer que não tenho concorrente. - Ele disse, pensou Clarissa. Não acredito que ele disse.
   -- Muitas meninas já devem ter lhe chamado de lindo, não é?
   -- Não vou negar. É verdade. - riu.
   -- Então você é meu feio. Tenho certeza que nunca lhe chamaram assim.
   -- Te amo. - disse.
   -- Te amo.
   Com isso, Theodore tomou a boca de Clarissa e a beijou. O primeiro beijo de ambos.
Continua...
Ok, ok. Agora podem me matar, eu deixo. Se eu estivesse nomeando cada capítulo exclusivamente, este chamaria-se 'Revelações'. Foi mais para vocês ficaram "a pá" de como serão (em partes, é claro) alguns dos personagens. Comentem, lambam, mandem beijinhos, façam o que quiser mas me digam se gostaram ou não. Beijos!

3 comentários:

  1. Que loucuraaaa dois vampiros, e dois lobos..
    nossa to adorando..

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  2. Ai que perfeito!!!Mas espera se a Vitória é uma loba e o Aus falou que ia ajuda-la ele tambèm é um lobo!?Meu Deus vc me deixou muito mais curiosa! Continua está muito perfeito <3 bjks #Lu

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