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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Fanfic: The True Happiness - Capítulo 7

   -- O tema escolhido foi... - ela fez um suspense antes de falar. -  Comédia!
   -- Aleluia, Thereza. Pensei que você iria ficar no suspense para sempre! - disse Vitória.
   -- A gente pode assistir Até Que a Sorte Nos Separe 2. O quê acham? - falou a menina que estava abraçada em Caleb.
   Para estar abraçada daquele jeito, deveria ser a namorada dele. Mas, aí vem a dúvida: como ela é namorada dele se ele tem 14 anos e ela parece ser nova também? É muito estranho. Porém, confesso que aquela menininha me dá muito mais medo do qualquer lutador de MMA. Todos concordaram com o filme.
   -- Cinema não é cinema sem pipoca! - falou Caleb.
   -- Então, bem, vocês organizam o que tiver que organizar e eu e Caleb vamos fazer pipoca ameiteigada e pipoca doce, ok? - falou a menina. Eu ainda não sabia o nome dela.

Camilla
   Todos concordaram com minha ideia. Eu e Caleb decemos correndo até a cozinha. Chegando lá, fui logo procurar os ingredientes para uma pipoca doce. Achei quase tudo menos o milho para pipoca.
   -- Droga! - murmurei.
   -- Que foi, amor? - perguntou Caleb.
   -- Temos tudo menos o milho para pipoca.
   -- Que tal irmos até ali no supermercado comprar um?
   -- Claro! Avise Vitória.
   -- Como?
   -- Liga para ela, uai.
   -- Precisa não. Nem vamos demorar! O supermercado é bem na esquina. Vamos?
   -- Ok.
   Nem preciso mencionar o quanto amo Caleb, não é mesmo? Mas cara, tem hora que ele me irrita! O quê custava avisar a sua irmã? Mas bem, saímos de mãos dadas e eu me esqueci do simples detalhe de que para ir ao supermercado, passávamos bem na frente da casa e do serviço de meus pais. Como minha sorte é enorme...
   -- Camilla? - falou uma voz que eu conhecia. Me virei na direção da mesma.
   -- Oi mãe. - respondi mas esqueci de soltar a mão de Caleb.
   -- Quem é este menino?
   -- Éh, Éh, ele é meu amigo. - respondi gaguejando.
   -- Camilla Francesca de Porto, não me diga que este é o seu namorado. - falou minha mãe.
   -- Não... éh... - me embolei toda. Aí, me enchi de coragem. Uma coragem que não sei de onde tirei. - Na verdade é sim. Este é meu namorado.
   -- Há quanto tempo você tem namorado, menina? - perguntou com um olhar mortífero.
   -- Pouco mais de um ano.
   -- Não acredito nisso! Qual seu nome, menino? - falou ela se virando para Caleb.
   -- Caleb. Prazer em conhecê-la.
   -- Quantos anos você tem? - perguntou.
   -- 14 anos e alguns meses. - respondeu.
   -- Camilla Francesca de Porto, por quê não me contou?
   -- Por que pensei que iriam me proibir de vê-lo ou me deixar de castigo. - respondi rapidamente.
   -- Pois você errou. Desde que ele se mostre digno de ter seu coração, por mim tudo bem. Não sei o que seu pai diria mas, por mim, tudo bem. - disse sorrindo.
   -- Sério? Ai, muito obrigada! - soltei a mão de Caleb e abracei ela.
   -- Só uma dúvida: vocês dois são namorados normais ou é aquele namorinho de criança? - perguntou depois que me soltou do abraço. Eu juro que já estava com vontade de fazer isso a muito tempo. Não pensei duas vezes e beijei Caleb. Mas não dei esses beijinhos mixurucas não! Foi um beijo mesmo.
   -- Isso responde sua pergunta?! - falei depois do beijo e minha mãe assentiu. - Temos que ir mãe. Ah, bem, já que está tudo bem, já posso falar: na verdade, hoje eu vou dormir na casa dele e não na casa de uma amiga, ok?
   -- O QUÊ? Mocinha, tô de olho em você. Agora vá onde tem que ir. - falou ela.
   Eu e Caleb saímos andando mais rápidos até chegarmos no supermercado. Chegando lá, procurei por pelo milho de pipoca. Caleb pegou um refrigerante. Pagamos e fomos de volta para a casa. Chegando lá, fiz os dois tipos de pipoca e Caleb separou uma bandeija cheia de copos e subiu com o refrigerante.
   -- Que pipoca de ferro! - disse Luís.
   -- Cara, não tinha milho para pipoca aqui em casa. Eu e Cami tivemos que ir ao supermercado comprar. - falou Caleb.
   -- Peguem seus copos. Eu achei essa big bacia e resolvi colocar a pipoca nela. Está dividida com pipoca amanteigada e com pipoca doce, ok? Espero que gostem. Agora simbora ver o filme! - falei.
   -- Bom, a gente organizou tudo aqui. Sentem aí que eu vou colocar o filme para rodar, ok? - falou Vicky.
   Logicamente, me sentei perto de Caleb. Aliás, perto não. Eu estava muito mais que perto. Confesso que não estou nem aí para minha idade: eu quero ficar junto dele. Só isso! Sinceramente, eu não sei de onde tirei a coragem que tive hoje. Senti orgulho de mim mesma! O filme começou e ordem de onde nós estávamos era essa: Eu, Caleb, Vitória, Luís, Megan, Thereza, Nelly e Mario.

Vitória
   O filme estava até legal. Eu realmente não estava me sentindo muito bem sentando ao lado de Luís. Eu ainda não sei o quê eu queria:  sair correndo dali e sentando o mais longe possível ou falar logo que eu queria ficar perto dele. É sério, isso? Cara, não estou acreditando que me apaixonei logo por ele. Não posso! Tenho que mudar meus sentimentos. O coração é meu, quem vai mandar nele sou eu.
   Caleb e Camilla estavam mais juntos que nunca. Eu sempre estranhei o fato de duas crianças (sim, eles ainda são crianças) ficarem se agarrando o tempo todo. Sim, não poupo palavras quando eu digo se agarrando. O namoro deles é como se eles tivessem pra mais de 18 anos. Não ligo nem um pouco, acho legal meu irmão ter uma namorada responsável como Camilla. Só estranho essa agarração toda.
   O filme era muito legal, confesso. Eu simplesmente adorei! Quando ele acabou, já eram umas nove da noite. Então, fui ligar para minha mãe.
   -- Alô? - falou ela ao atender o telefone.
   -- Oi mãe. É a Vicky. 
   -- Tudo bom, filha? 
   -- Tudo sim. Mas bem, quando você vai chegar em casa? 
   -- Hoje eu não vou dormir em casa, ok? Eu tive que vir até Londres para resolver umas coisas do meu serviço e só volto segunda. 
   -- Ok. Beijos. 
   -- Beijo, amor. Se cuidem. - desligou.
   Eu não acredito nisso: dois dias somente com amigos numa casa enorme! Isso era mais que bom. Eu tinha que falar para os outros. E iria aproveitar que todos estavam ali.
   -- Gente, liguei para minha mãe e ela falou que vai ficar fora de casa até segunda. - falei.
   -- Sério? Que legal! - falou Caleb.
   -- Já que vamos ficar sozinhos, vamos ter que dividir direitinho as tarefas da casa. - falou Nelly.
   -- Eu concordo com você, Nelly. - falei. - Como a Camilla e o Caleb fizeram o lanche da tarde, eu e mais alguém vamos fazer o jantar de hoje e o resto arruma tudinho. Quem se habilita?
   -- Vou ajudar você com o jantar, Vicky. - falou Luís.
   -- Então, tudo ok. - disse eu.
   -- Estou de olho em vocês dois. - disse Megan quando eu e Luís já estávamos saindo e e indo em direção à cozinha.
   Nós descemos conversando sobre o quê iríamos fazer para o jantar. Por fim, decidimos fazer um arroz pernambucano, batata frita e uma saladinha. Fui procurar os ingredientes para o arroz enquanto Luís procurava um fósforo. Silêncio absoluto.
   -- Ei, Luís, estou te estranhando: você não é tão calado assim. No que está pensando?
   -- Você não vai querer saber. - disse ele.
   -- Se eu perguntei, é por que quero saber.
   -- Ok. Estou pensando em você.
   -- Em mim? - falei espantada.
   -- Sim, Vicky. Sabe, eu sempre fui apaixonado por você. Desde quanto você ia lá pra casa brincar de boneca com a Megan. Você acha que eu gostava de ficar no meio daquela brincadeira chata? Claro que não. Eu gostava de ficar perto de você! Só que você nunca presta atenção em mim só por que sou mais novo.
   -- Cara, eu gosto de você. Gosto muito de você. Mas é aquilo que te falei: eu tinha acabado de dar uma "lição de moral" na Nicoly. Como eu iria fazer o mesmo que ela?!
   -- Eu sei que você gosta de mim. Eu só queria saber o por quê de você gostar de mim e ficar me evitando! - falou ele chegando mais perto de mim.
   Eu não acredito nisso: eu estava a ponto de desmaiar. Luís era da mesma altura que eu e ele era muito bonito. Ao decorrer que ele ia chegando perto, nossa respiração já estava praticamente misturada. Eu não conseguia ir para trás: era como se alguma coisa estivesse segurando meus pés. E ele mantinha aqueles olhos cinzas fixos nos meus.
   -- Luís, é sério. Me desculpa. Eu já lhe expliquei.
   -- Vicky, você está bem?
   -- Estou, por quê?
   -- Seu coração está batendo tão forte que estou escutando daqui. - falou ele sorrindo.
   -- Só estou cansada. Nada de mais.
   -- Sei. Vou fazer um teste.
   -- Teste?  De quê?
   -- Do por quê seu coração está assim. Ok?
   -- Ok.
   Foi a conta de eu concordar e ele chegou mais perto ainda. Eu estava me derretendo, literalmente. Senti meu coração acelerar muito mais. Entre a gente só havia 1 centímetro de espaço. Aí, de repente, ele se afastou e meu coração voltou ao normal.
   -- Sério que você fica com o coração batendo forte quando está muito perto de mim? - falou ele rindo.
   -- Não, cara. Nem sei por quê isso aconteceu! - falei me fingindo de desentendida.
   -- Ah é?! Sei. E se eu fizer isso? - falou ele e eu não tive tempo: Luís me deu um beijo.
   Senti que meu coração iria pular para fora de mim. Rapidamente, ele parou e se afastou. Juro que se não tivesse uma cadeira atrás de mim, eu tinha caído no chão. Ele ficou olhando para mim estático: acho que ele não estava acreditando no que tinha acabado de fazer.
   -- Nunca. Mais. Faça. Isso. Comigo. - falei pausadamente.
   -- Desculpe, Vicky.
   -- Okay.
   -- Eu sabia que você gostava de mim. Mas bem, vamos fazer logo esse arroz?
   -- Vamos.
   Fizemos a comida toda calados. Os pensamentos que se passavam em minha mente eram de mais. Eu realmente gostaria muito de namorar com Luís e ainda não sei o por quê não estou namorando com ele ainda. Eu nunca tinha beijado ninguém antes e acho que este foi o melhor Primeiro Beijo do mundo. Eu fiquei com raiva mas no fundo adorei. Assim que terminamos de fazer a comida, colocamos tudo na mesa de jantar gigantesca lá de casa. Todos desceram.
    Thereza, Megan, Nelly e Camilla estavam de pijama. Ou melhor, Thereza e Nelly estavam de pijama. Megan estava com um mini-short de algodão + topper. Camilla estava com um vestidinho preto & vermelho daquele mesmo pano dos pijamas. Mario e Caleb estavam logo atrás. Mario estava com uma bermuda e uma camiseta. Caleb estava de bermuda e sem camisa, o quê eu xinguei.
   -- Caleb! Que isso, menino. Isso lá é jeito de andar numa casa cheia de menina?! - falei brincando.
   -- Bom, acho que Thereza, Megan e Nelly não vão reparar num pirralho que nem ele. - falou Luís rindo.
   -- Eu também não vou reparar, néh. Sou irmã. - falei.
   -- E a menininha ali?! Coitada dela ter que ver essa cena! - falou Mario brincando e rindo.
   -- Ei, meu nome é Camilla! - retrucou Camilla. - E eu gosto dessa cena.
   -- Ui - falamos eu, Nelly, Megan, Thereza, Luís e Mario ao mesmo tempo.
   -- Vamos comer por que esse assunto já está tomando outro rumo. - disse Thereza e os outros riram.
   Nós nos sentamos ao redor da enorme mesa nesta ordem: eu, Megan, Luís e Mario do lado direito e Nelly, Thereza, Camilla e Caleb do lado esquerdo. Jantamos e depois cada qual foi para seu quarto.
   -- Vitória, vou ir lá no quarto de Megan. Quero conversar com ela sobre umas coisas, okay? - disse Thereza.
   -- Okay. Eu vou ficar aqui no quarto mesmo. - falei.
   Assim que Thereza saiu, tomei meu banho e coloquei meu pijama. Ele era bem parecido com o de Megan: a única diferença era que o meu era na cor azul bebê. Peguei meu celular, sentei-me na cama e coloquei os fones de ouvido. Eu estava ouvindo Loving You Is Easy na voz do Austin. De repente, alguém entrou no quarto: era Luís.
   -- Oi Luís. - falei com um sorriso fraco.
   -- Oi. - respondeu ele.
   -- O que te trás à meu quarto?
   -- Quero te perguntar uma coisa. O quê você está ouvindo? - perguntou ele e eu saí de cima da cama e coloquei o fone em seu ouvido.
   -- Uma música do Austin.
   -- Até que esse cara canta bem. - deu de ombros e eu sorri.
   -- Mas, aí, o quê você queria me perguntar?
   -- Bom... espera um tempo por quê tô tomando coragem. - falou.
   -- Okay. Senta. - falei e apontei para o sofá do meu quarto. Ele sentou.
   -- Você ficou com raiva de mim?
   -- Pelo o quê?
   -- Pelo beijo.
   -- Não.
   -- Sério?
   -- Sério.
   -- Porque? - perguntou ele.
   -- Sinceramente?
   -- Sim.
   -- Eu até gostei. - falei.
   -- Então, bem... acho que já tenho coragem para te perguntar.
   -- Então fale.
   -- Quer ser a minha namorada?

Continua... 

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