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sábado, 12 de abril de 2014

Fanfic: Magic Dreams - Capítulo 2

   -- Vitória! Acorda. - era Clisdara.
   Não era comum o fato de Clisdara chamar Vitória para acordá-la. Vitória sabia que tinha alguma coisa de errado então abriu os olhos e deu de cara com sua irmã sentada na beirada da cama. Como sempre quando acordava, o grande cabelo preto de sua irmã estava em um coque bem largo. Ela já estava em seu jeans e uma blusa social, com sua mochila preta escorada em seus pés.
   -- Bom dia, Clisdara. Que milagre é este, você me acordando?
   -- Por dois motivos: um, que você está um pouco atrasada. Dois, que tem um amigo seu lá embaixo te esperando para ir a escola.
   -- Qual amigo?
   -- O nome dele é Alex, eu acho. Sei que você tem dois amigos com o nome de Alexander. Um deles é maior de idade. Estou falando do que tem a sua idade.
   -- Ah, sim. É o Alex mesmo. O outro teria apelido de Alec. Muita confusão. Mas bem, obrigada por me avisar. Vou ir me arrumar.
   -- Ei, espera. O Austin estuda com você, não é?
   -- Sim. Por que?
   -- Entregue isso para ele por mim? Acho que ele não quer me ver tão cedo. - entregou a Vitória um pequeno envelope. - Bom, obrigada. Agora pode ir se arrumar.
   ...
   Em apenas 15 minutos, Vitória se arrumou. Como o colégio não exigia uniforme, poderia ir com a roupa que quisesse. Assim que terminou tudinho, desceu e deu de cara com Alex. Ela já sabia que ele estava lá na sua casa mas se assustou mesmo assim. Não era normal ele aparecer assim, mesmo sendo um de seus amigos mais próximos.
   -- Oi Alex.
   -- Bom dia, Vicky. Pronta para o colégio?
   -- Sim. Só vou pegar uma maçã e minha mochila.
   Assim que pegou tudo, se despediu de seu pai, sua madrasta e sua irmã. Por incrível que pareça, Clisdara estava bem gentil com ela hoje. Aliás, tudo hoje estava bem estranho. Ela e Alex saíram da casa e foram seguindo caminho.
   Chegando na escola, se deparou com todos os seus amigos sentados na grama em frente ao portão. Quando a viram, levantaram-se e foram cumprimentá-la.
   -- Qual será a sala que cada um de nós vai ficar? -perguntou Cher.
   -- Oi gente! - disse Clarissa Smith, ao chegar. - Vocês vão estudar aqui também?
   -- Sim. - respondemos em uníssono.
   -- Que legal! Eu, minha prima Kelloe e minha irmã também iremos estudar aqui. - falou Clarissa. - Ah, me desculpem. - falou olhando para os meninos. - Nem me apresentei. Prazer, sou Clarissa Smith.
   -- Perai, você é uma das Irmãs Smith? Uma das famílias mais ricas do país? - perguntou Zach.
   -- Sim mas eu prefiro que não refiram a mim como "a menina da família mais rica do país". Eu não vejo vantagem nenhuma nisso. - respondeu Clarissa, em um tom calmo.
   -- Legal. Quantos anos você tem? - perguntou Robert.
   -- 15. E vocês? Podem ir falando. Não sei a idade de ninguém aqui.
   Cada um falou sua idade e, logo depois, entramos na escola. Logo na portaria, a diretora Morgana Escalarde, entregou-nos um papel no qual tinha uma listagem com todos os alunos e a sala e o quarto que iriam ficar. Vitória seria da mesma sala que Austin, Cher, Carla e Soraia Smith. Seu quarto seria dividido com Carla, Clarissa, Austin e uma menina chamada Chloe.
   Seguindo em direção ao seu quarto, deu de cara com a última pessoa em que ela pensou que iria se encontrar: Madelline Elisabeth. Esta era uma antiga amiga de Vitória. Uma menina que era mais falsa que nota de 3 reais. De cara, Madelline logo a olhou de cima a baixo, com uma cara de desdenho. Educada, Vitória cumprimentou.
   -- Oi Madelline.
   -- Nunca pensei que fosse encontrar você aqui. - respondeu a menina, com uma arrogância inestimável.
   -- Eu também não pensei que iria lhe encontrar aqui. Como você está? - Vitória estava tentando soar o mais formal o possível.
   -- Legal. Você continua dando em cima dos namorados de suas amigas?
   -- Delicadeza nunca foi sua praia, não é mesmo?! Mas bem, nunca dei em cima de menino nenhum. Ao contrário de algumas pessoas, - deu ênfase - não sou oferecida. Aliás, não preciso me desvalorizar para conseguir um garoto.
   -- Treinou o discurso em casa? Você sempre vai ser uma pirralha. Olhe para mim: linda, diva, mais velha que você.
   -- Ah, é mesmo. Mais velha, mais linda, mais diva, mais burra... Porque, sabe, não sou eu que tenho 19 anos e ainda estou no colegial. Já era para você estar fazendo faculdade, menina. Ain credo. Vou nem perder meu tempo. Com licença. - finalizou Vitória e passou andando bruscamente por Madelline.
   Cerca de 5 segundos depois, Austin apareceu ao seu lado.
   -- Ouvi sua discussão com aquela menina. Madelline, correto?
   -- Sim.
   -- Parabéns. Você sambou na cara daquela menina. - riu. - Vi que você é do mesmo quarto que eu. Fiquei feliz e triste quando a isso. Sabe, só tem eu de menino naquele quarto. Com quem eu vou conversar sobre carros?!
   -- Tá de brincadeira, né? Eu e Clarissa adoramos carros. Entendemos disso melhor do que a maioria de seus amigos. - deu de ombros. - Ah, tenho uma coisa para lhe entregar. - fuçou sua mochila e pegou o envelope. - Toma. Clisdara que me mandou entregá-lo a você. Pelo amor de Deus, pelo menos abra para ver o que tem aí dentro. Mate minha curiosidade.
   Austin abriu o envelope e lá dentro havia uma carta. Ele leu, silenciosamente e depois virou-se para Vitória.
   -- Resumidamente, ela está me pedindo desculpas por ter me traído e disse que nossa relação nunca deu certo. Disse que é melhor cada um ir para um lado pois ela sabe que eu não a amo e eu sei que ela não me ama. - deu uma pausa longa. - É, isso aí. Legal. Não vai dizer nada?
   -- O que eu diria? Sou péssima em consolar as pessoas.
   -- Não quero que me console. Até mesmo porque, não estou abalado. Nada do que ela falou é mentira. Eu realmente não a amava e ela não me ama. Nem sei porque a gente ficou junto por tanto tempo. - disse.
   -- Sinceramente, nunca gostei de vocês como um casal. Fora que eu detestava as crises de ciúme que Clisdara tinha quando você ficava muito tempo conversando comigo. Era meio sem sentido.
   Sem que eles nem mesmo percebessem, tinham chegado a porta do quarto (que era no final do enorme corredor do terceiro andar do edifício). Ele era grande, com quatro camas separadas em diferentes cantos. Todos eles com uma mesinha de computador, um pequeno guarda roupa e uma penteadeira minúscula. No fundo do quarto, havia duas portas. Logicamente, seriam os banheiros feminino e masculino.
   Austin foi guardar suas roupas e Vitória estava organizando o espaço que provavelmente seria dela. De repente, uma menina praticamente voou para dentro do quarto. Ela era absolutamente linda e, tanto Austin quanto Vitória, não evitaram olhar. Ela estava vestida inteiramente de preto, sendo uma saia com um suspensório solto, uma blusa de manga sem desenho e um coturno. Seus olhos eram de um azul quase cinza que hipnotizavam.
   -- Prazer. Meu nome é Chloe. Vocês devem ser... am... - pegou um papel - Austin e Vitória?
   -- Prazer. - respondeu Vitória. - É este mesmo o nosso nome. Seu... estilo. - gaguejou.
   -- O que que tem? - indagou.
   -- É muito lindo.
   -- Ah, sim. Obrigada. Porque o menino ali está caladão? - perguntou Chloe.
   -- Não sei. - respondeu Vicky. - Austin. Austin! Terra chamando Austin.
   -- Ah, oi. Desculpe. Prazer, Chloe.
 ...
   De cara, Clarissa já se encontrava perdida na nova escola. Sua prima, Kelloe, ainda não tinha chegado e sua irmã estava enfornada em um local agarrando algum menino, provavelmente. Mesmo não conseguindo encontrar o caminha correto para o seu quarto dentre os milhares de corredores, resolveu ir vagueando pela escola e aproveitando para conhecer um pouco o ambiente.
   Como detestava silêncio, resolveu ouvir uma música animadinha. A escolhida da vez foi How We Roll, tema principal de Velozes e Furiosos 5. Colocou o seu headfone e continuou andando pelo colégio. Mal notou quando trombou com um garoto. Clarissa raramente reparava na beleza das pessoas: tinha a mania de se apaixonar pelos olhos das pessoas. Acreditava que através dos olhos, via-se a alma, o caráter. Ele tinha os olhos pretos como a noite, a pele branca como a neve, lábios perfeitos e um cabelo excepcionalmente preto. Vestia-se com uma calça jeans escura, anéis e braceletes prata, tênis Nike preto com detalhes em cinza e uma camiseta preta, deixando à mostra seus músculos. Não aparentava ter mais que 16.
   -- Desculpe-me, por favor. - começou a dizer Clarissa. - Estou bem distraída, pelo visto.
   -- Sem problema, linda. - respondeu o garoto. - Meu nome é Theodore. Qual o seu nome?
   -- Sou Clarissa. - sorriu.
   -- Bem, lhe vejo pelos arredores qualquer outro dia. Até mais, linda. - saiu.
   Clarissa não podia negar que ficou meditando as palavras de Theodore. Nunca nenhum garoto havia a chamado de linda e ela não sabia se ele a chamara assim pelo fato de ela realmente ser ou por educação. Ela não podia negar que também estava babando no menino. Babando tanto que não resistiu ao fator de procurar na listagem de sua sala de aula algum Theodore. Achou. Theodore Schildery, 15 anos.
   Após muito tempo andando, achou o seu quarto. Lá estavam Vitória, Austin e uma menina, que se apresentou como Chloe. Eles a disseram que hoje não haveria aula e que a diretora os liberou para fazer "o que quisessem". Dito isso, ficaram conversando e brincando até cair no sono. 

2 comentários:

  1. Este menino ,o Theo tem um ar meio misterioso!continua estou super anciosa para o próximo cap,como sempre PERFEITO!

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